Nesta quarta-feira (17), o encerramento do terceiro dia de convenção do Partido Republicano será com o discurso de J.D. Vance – o primeiro dele como candidato a vice.
A noite desta quarta-feira (17) é de muita expectativa nos Estados Unidos porque o candidato a vice de Donald Trump vai discursar na convenção do Partido Republicano.
O vice J.D. Vance faz o principal discurso da noite. Mais cedo, ele se encontrou com doadores de campanha. O tema da convenção nesta quarta-feira (17) é política externa. Vance se opõe, por exemplo, ao envio de mais ajuda dos Estados Unidos para a Ucrânia e já disse que a Ucrânia deveria buscar a paz com a Rússia, mesmo que isso significasse ceder território. Ele também já comparou a guerra da Ucrânia com o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Disse que Israel tem objetivos que podem ser alcançados; enquanto a Ucrânia, não.
Vance também considera a China um perigo. Ele chamou a China de a maior ameaça para o país logo depois de seu nome anunciado, na segunda-feira (15), como vice de Donald Trump. Vance defende mais tarifas para produtos chineses.
Antes dele, tem cerca de 20 discursos. O governador do Texas, Gregg Abbott, que vai falar, é um dos defensores de uma maior rigidez na política de imigração e também no controle das fronteiras – ao lado de Donald Trump.
O ex-presidente vai assistir aos principais discursos da noite. Na terça-feira (16), no segundo dia da convenção, Trump recebeu declarações de apoio de antigos rivais.
Todos eles criticaram Donald Trump e perderam para ele a disputa pela candidatura à Presidência no Partido Republicano. Na terça-feira (16), a rivalidade acabou de vez. O ex-presidente foi ainda mais cedo do que era previsto para a arena completamente lotada para acompanhar pessoalmente os discursos de Nikki Haley e Ron DeSantis. Os dois ex-rivais de Donald Trump mostraram apoio total à plataforma dele nos discursos.
O governador da Flórida, que chegou a ser humilhado por Trump, enalteceu o ex-presidente, e alfinetou Joe Biden, que vem sofrendo críticas desde o debate contra o adversário em junho. Biden justificou desempenho alegando cansaço e sugeriu que devia ter menos compromissos à noite. DeSantis criticou:
“Nossos inimigos não trabalham só das 10h até 16h. Precisamos de um comandante que possa liderar 24 horas por dia, sete dias por semana”.
A ex-governadora da Carolina do Sul disse logo no começo:
“Quero deixar uma coisa clara: Donald Trump tem meu forte apoio e ponto final”.
Depois, reconheceu que há muitos americanos que não apoiam tudo que Trump faz.
“Eu quero falar com eles esta noite. Minha mensagem é simples: você não precisa concordar 100% do tempo para votar nele. Olha só para mim, eu nem sempre concordei com Trump, mas concordo com ele mais vezes do que discordo”, disse Nikki Haley.
Trump aplaudiu de pé. E todo mundo parecia querer vê-lo de perto. Muitos apoiadores tentaram se aproximar, mas a segurança estava reforçada em volta do ex-presidente.
O jeito de Stacy homenagear seu ídolo foi com o papel na orelha – referência ao curativo de Trump. Perguntada se ela gostou da escolha do candidato a vice, J.D. Vance, ela hesitou e disse: “Eu confio em Trump”.
Nos discursos também houve espaço para os temas clássicos da campanha trumpista. Sobre imigração, Ted Cruz disse, sem mostrar dados, que “americanos morrem diariamente assassinados, agredidos e estuprados por imigrantes ilegais soltos por democratas”.
Nesta quarta-feira (17), o encerramento do terceiro dia de convenção será com o discurso de J.D. Vance – o primeiro dele como candidato. À tarde, ele falou com jornalistas escolhidos pela campanha. Atacou a imprensa pelas críticas a Trump, mesmo depois do atentado.
Nesta quarta (17), Trump voltou, dessa vez no palco da convenção, ainda não para discursar, apenas para fazer um teste – cercado de seguranças. Mas já deu para perceber que o clima entre os republicanos, tenso desde o atentado, já se transformou.
A atmosfera agora é de celebração, com apoiadores antecipando uma vitória de Trump na eleição em novembro. Jaime é colombiano. Já morou no Brasil e trabalha para o Partido Republicano há dez anos. Ele vê a confiança generalizada entre os republicanos como reflexo da união do partido, mas reconhece que a campanha republicana ainda usa a polarização contra os adversários.
Repórter: Quando o candidato Donald Trump fala “nós e eles”, isso também não é uma mensagem de união.
“Política é isso. Estamos em uma eleição . Um dos dois precisa ganhar. E não é com a braços e com beijos que se ganha as campanhas políticas, que se ganha as eleições”, diz Jaime Florez, diretor de comunicação hispânica/ Republicanos.