Lamentavelmente, mais de dois anos após o início da invasão russa em grande escala na Ucrânia, milhares de crianças ucranianas se tornaram vítimas desse conflito, algumas delas sendo retiradas à força de suas casas. Três sobreviventes desses terríveis eventos, Denys, Lisa e Rostislov, da região de Kherson, compartilharam suas experiências durante uma recente visita a Washington com o intuito de aumentar a conscientização sobre essa situação alarmante.
Denys relatou como foi sequestrado: “Um dia, alguns dos meus professores vieram e disseram que todos nós deveríamos ir para um acampamento na Crimeia. Naquela noite, os militares russos vieram à minha casa e disseram que não tínhamos escolha, estávamos indo para o acampamento”.
De acordo com informações da CBN News, esses campos, juntamente com outras 42 instalações russas, têm sido utilizados para doutrinar crianças ucranianas. Lisa compartilhou: “Eles forçaram as crianças a amar a Rússia nestes campos. Forçaram-nos a cantar hinos e canções russas, e se resistíssemos, poderíamos ser punidos ou colocados em famílias adotivas na Rússia”.
Lisa também expressou seus temores de ser adotada à força: “Depois do acampamento, fui transferida para uma cidade ocupada e fui forçada a frequentar uma faculdade lá. Sabia que eles iriam conseguir um passaporte russo para mim e estavam procurando uma família adotiva para mim”.
Vladimir Putin foi acusado de acelerar o processo de cidadania para crianças ucranianas sequestradas, e um mandado de prisão foi emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra relacionados a esses sequestros. Os adolescentes também relataram abusos psicológicos e físicos nos campos.
Denys, que é diabético, recordou: “Uma equipe veio até mim e disse que se eu não concordasse em ser russo e não obedecesse à Rússia, morreria neste campo por causa da minha doença”.
Enquanto isso, no norte de Israel, foram realizados funerais para sete paramédicos libaneses mortos em um ataque aéreo israelense. As Forças de Defesa de Israel alegam que os paramédicos eram membros do grupo terrorista al-Jama al-Islamiyya, que frequentemente utiliza ambulâncias para transportar terroristas e armas.