Em novo depoimento à PF, Cid fala por quase duas horas sobre suposta tentativa de golpe

Ao lado do ex-presidente Bolsonaro, o militar foi indiciado por suposta tentativa de golpe de Estado

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou novo depoimento à PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (5) na sede da corporação, em Brasília. A nova oitiva se deu no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O depoimento, que começou às 15h, durou aproximadamente duas horas.

Há duas semanas, o militar foi interrogado pela corporação e ouvido no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ministro Alexandre de Moraes.

Na ocasião, Cid foi convocado à Corte após a Polícia Federal ter encontrado no computador dele arquivos sobre um suposto plano para assassinar autoridades, algo que o tenente-coronel disse à corporação não ter conhecimento.

Cid tem um acordo de delação premiada com a Justiça. Por isso, tem que falar tudo o que tem conhecimento sobre as investigações das quais é alvo. Ele corria o risco de perder os benefícios da delação em função das supostas omissões, mas o acordo foi mantido.

O militar tornou-se um dos indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Organização criminosa. Além dele, acabaram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas.

Segundo a investigação, o plano incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

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