O fim de tarde desta segunda-feira (05) foi interrompido por cenas fortes e gritos de desespero na Rua Colômbia, no bairro Bosque, em Rio Branco. Um acidente envolvendo uma motocicleta de transporte por aplicativo e um carro desgovernado resultou em uma mulher com a perna dilacerada, espalhando sangue no asfalto e pânico entre testemunhas.
Tudo aconteceu em segundos. O motorista de um veículo Polo, identificado como Gabriel Peixoto, de 26 anos, tentava empurrar o carro na rua para dar o chamado “tranco”, já que o automóvel estava com problemas mecânicos. O veículo, que havia sido deixado em sua garagem por um amigo, simplesmente não funcionava, e a tentativa de fazê-lo pegar no improviso acabou gerando uma tragédia.
No mesmo instante, o motociclista de aplicativo Jadson Silva, de 36 anos, passava pela rua conduzindo uma cliente — Janaina da Silva, de 37 anos. Ele ainda tentou desviar ao perceber o carro à frente, mas o espaço era curto demais. A moto bateu com força na lateral do Polo. A pancada lançou Janaina ao chão, onde ela ficou agonizando com uma grave lesão na perna direita — a carne exposta, o sangue correndo e a dor estampada no rosto.
Desesperados, Gabriel e seu amigo ligaram imediatamente para o SAMU. Em poucos minutos, a ambulância de suporte básico chegou ao local. A equipe de socorristas correu contra o tempo para conter o sangramento e estabilizar a vítima, que foi levada em estado grave ao Pronto-Socorro de Rio Branco. No hospital, Janaina foi encaminhada diretamente ao setor de traumatologia com uma dilaceração severa na perna, onde permanece sob cuidados médicos e pode precisar de cirurgia de reconstrução.
Policiais militares do Batalhão de Trânsito (BPTRAN) isolaram a área e iniciaram os procedimentos periciais. Apesar de Gabriel e Jadson entrarem em acordo sobre a responsabilidade, o envolvimento de vítima ferida exigiu registro formal do caso.
Testemunhas ficaram em choque. “Foi desesperador. Quando a gente chegou perto, a mulher gritava de dor. A perna dela estava completamente destruída. Isso não é cena que se esquece”, relatou uma moradora da região, ainda abalada.
O acidente serve como alerta: improvisos mecânicos em vias públicas podem virar armadilhas fatais. O trânsito exige responsabilidade a cada segundo — e, neste caso, o preço foi alto demais.